Obras de Allan Kardec: todas elas FUNDAMENTAIS.

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domingo, 2 de outubro de 2011

O Evangelho Segundo Lucas - cap. 4 - vers. 14 (Programa dos dias 02 e 05 de outubro de 2011)

MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA

JESUS INAUGURA SEU MINISTÉRIO

Lc 4:14 - Jesus voltou então para a Galileia, com a força do Espírito, e Sua fama espalhou-se por toda a região circunvizinha.

Tema do programa: "Algumas ferramentas que Jesus aplicara para a educação moral dos povos, última parte"



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Viagem Missionária de Jesus da Galileia para a Judeia (Clique duas vezes no mapa para ampliá-lo)


Dupla natureza de Jesus

“Poder-se-ia objetar que, em razão da dupla natureza de Jesus, suas palavras eram a expressão do seu sentimento como homem e não como Deus. Sem examinar, neste momento, através de que encadeamento de circunstâncias fomos conduzidos, bem mais tarde, à hipótese desta dupla natureza, admitamo-la por um instante, e vejamos se, ao invés de elucidar a questão ela não a complica ao ponto de torná-la insolúvel.

O que devia ser humano em Jesus, era o corpo, a parte material; deste ponto de vista compreende-se que ele tenha podido, e até tenha sofrido como homem.

O que nele devia ser divino, era a alma, o espírito, o pensamento, numa palavra, a parte espiritual do Ser. Se ele sentia e sofria como homem; devia pensar e falar como Deus. Falava como homem ou como Deus? Aí está uma questão importante, pela autoridade excepcional dos seus ensinamentos. Se falava como homem, suas palavras são contestáveis; se falava como Deus, são indiscutíveis; é preciso aceita-las e a elas nos conformar, sob pena de deserção e de heresia; o mais ortodoxo será aquele que mais se aproximar delas.

Dir-se-á que, sob seu envoltório corporal, Jesus não tinha consciência de sua natureza divina? Mas, se fosse assim, ele não teria nem mesmo pensado como Deus, sua natureza divina existiria em estado latente; só a natureza humana teria presidido à sua missão, aos seus atos morais como aos seus atos materiais. É, portanto, impossível abstrair-se de sua natureza divina, durante sua vida, sem enfraquecer sua autoridade.

Mas, se ele falou como Deus, por que este incessante protesto contra sua natureza divina, que neste caso, ele não podia ignorar? Ele teria, portanto, se enganado, o que seria pouco divino, ou ele teria conscientemente enganado o mundo, o que o seria menos ainda.

Parece-nos difícil sair deste dilema.

Se se admite que ele falou tanto como homem, quanto como Deus, a questão se complica, pela impossibilidade de se distinguir o que vinha do homem e o que vinha de Deus.

Se fosse o caso em que ele tivesse tido motivos para dissimular sua verdadeira natureza durante sua missão, o meio mais simples seria o de não falar dela, ou de se exprimir como o fez em outras circunstâncias, de uma maneira vaga e parabólica, sobre os pontos, cujo conhecimento estava reservado ao futuro, ora, não é aqui o caso, já que estas palavras não têm nenhuma ambiguidade.

Enfim, se apesar de todas estas considerações, ainda se pudesse supor que, enquanto vivo, ele tivesse ignorado sua verdadeira natureza, esta opinião não é mais admissível, após sua ressurreição; pois, quando ele aparece aos seus discípulos, não é mais o homem que fala, é o espírito desprendido da matéria, que deve ter recobrado a plenitude de suas faculdades espirituais e a consciência de seu estado normal, de sua identificação com a divindade; e, entretanto, foi então que ele disse: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus!

A subordinação de Jesus é ainda indicada pela sua qualidade de mediador que implica a existência de uma pessoa distinta; é ele que intercede junto a seu Pai; que se oferece em sacrifício para redimir os pecadores; ora, se ele próprio é Deus, ou se é igual a ele em todas as coisas, não tem necessidade de interceder, pois não se intercede junto a si mesmo.”

KARDEC, Allan. Dupla Natureza de Jesus. Obras Póstumas. Tradução de Maria Lucia Alcantara de Carvalho. 1a ed. Rio de Janeiro: CELD, 2002. p.206-209

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